Cindy tem uma história muito comum e muito triste.
Um dia, uma madame foi a um pet shop e gastou centenas de reais num filhote de poodle, afinal todo filhote é uma gracinha e as crianças viviam pedindo um cachorrinho. O filhote engraçadinho cresceu e se tornou um cão adulto, e, assim como todo brinquedo comprado em loja, um dia perdeu a graça.
A madame então resolveu que não queria mais o cão e decidiu que, para não jogar na rua (pois ela é "uma boa pessoa e nunca faria uma maldade dessas"), iria doá-lo à moça que trabalha em sua casa para sua família. A moça, com medo de perder o emprego se recusar a oferta, aceita o cão, mas não tem condições financeiras nem espaço para criá-lo, então leva o cão embora da casa da patroa, mas assim que chega na sua casa, não tem o que fazer com aquele bichinho e o coloca para fora, na rua.
E é assim que grande parte dos cães de raça que são comprados vão parar em abrigos ou no centro de controle de zoonozes, ou morrem nas ruas.
Diariamente, cães e gatos que foram comprados porque eram "bonitinhos" são descartados como lixo, já que muitas das pessoas que adquirem um animal hoje em dia no Brasil não têm consciência de que eles demandam trabalho. Todo animal tem que ser alimentado, vacinado, limpo, exercitado, acariciado, e não vai servir de enfeite para a casa.
Um cão é uma vida, um ser com pensamentos, com consciência de si e do ambiente à sua volta. Um cão sabe o que é frio, o que é medo e o que é fome, então não pode em hipótese alguma ser tratado como um objeto. Merece respeito acima de tudo, por ser uma boa criatura que não traz mal a ninguém.
Cindy já está vacinada e vermifugada e será castrada para poder ir para adoção. Tem aproximadamente 2 anos, gosta muito de companhia e é muito fofa e alegre. Quem será a pessoa de bom coração que a escolherá para levar para casa?